Mais de 60 mil pessoas passaram pela décima edição da Flica
Durante quatro dias, amantes da literatura passaram pela cidade do Recôncavo e aproveitaram a programação diversificada Poesia e música deram o tom de encerramento da 10 ª edição da Festa…
Ao longo dos anos, a Festa se estabeleceu como um dos principais encontros literários do Brasil. Local de reunião de multidões criativas de todas as origens a FLICA nasceu e se afirmou no Recôncavo da Bahia, no município de Cachoeira, região estratégica para o entendimento do desenvolvimento socioeconômico e cultural do Brasil e pano de fundo para escritores como Gregório de Matos, Castro Alves, João Ubaldo Ribeiro e Jorge Amado. Crescendo nesse ambiente tão instigante a FLICA – Festa Literária de Cachoeira, sente-se desafiada a pensar a literatura Brasileira a partir dessas dimensões e assim almeja se constituir numa plataforma que possibilite reflexões imaginativas neste momento, inclusive inovando em expressões, linguagens, perspectivas, mundos e Brasis.
Durante quatro dias, amantes da literatura passaram pela cidade do Recôncavo e aproveitaram a programação diversificada Poesia e música deram o tom de encerramento da 10 ª edição da Festa…
Festa Literária reúne diversos autores em espaços de debates espalhados por Cachoeira Em seu penúltimo dia da 10ª edição, a Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) encerra o sábado (5)…
Evento contou com participação de Sulivã Bisco, Luana Souza, Tiago Rogero e Bárbara Carine O penúltimo dia da 10ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) destacou a importância…
Um palhaço e um psicólogo conversam sobre ansiedade e sentimentos desses novos tempos de tecnologia, além de falar sobre a saúde mental. Claudio Thebas e Alexandre Coimbra, que já escreveram um livro juntos sobre a coragem de viver o luto e as belezas que nascem da despedida, prometem uma conversa suave, profunda e divertida em muitos momentos. A presença deles, na abertura da Geração Flica, é um convite aos jovens para compreender a importância de buscar estar bem além das redes sociais.
Fazer humor é uma arte que exige talento e, como tudo na vida, também precisa de muito trabalho. Lapidar as piadas no palco, entender o que funciona nas redes sociais, enfrentar a timidez e algumas adversidades. Para falar sobre assunto, um bate papo com Jhordan M. e Matheus Buente, humoristas que vão além das piadas e se consagram no cenário nacional abordando temas delicados que trazem o riso, mas também muita reflexão.
Você já reparou quantos filmes e séries têm sua origem em obras literárias? Como transformar textos de romances em um roteiro de cinema ou adaptação para televisão? Mauro Alencar, Consultor e Pesquisador de telenovelas, e Thaiane Machado proporcionam a Geração Flica uma oficina de adaptação literária para dramaturgia.
A escritora Kátia Maria e Adriel Bispo, um menino apaixonado por livros e que, além de literatura, tem muito a ensinar sobre o combate ao racismo, conversam sobre arte e inspiração como combate a discriminação.
Escrever diante das possibilidades dos gêneros literários, passear pela poesia, pelo romance, pelos versos e canções. Entre uma estrofe e outra, falar sobre resistência. Sobre sociedade. Sobre o poder feminino através de rimas e poemas. Esse é o tom da conversa entre três escritoras que estão bombando na Bahia.
A leitura é o ponto central do bate papo que tem a comunicação como consequência direta. A fala, o gesto, a escrita, o diálogo. Por onde a leitura atravessa o jornalismo. A leitura é o norte. Guia. Direção.
A democratização de produção de conteúdo influenciado diretamente o surgimento de novas formas de escrita literária. Autores que divulgam seus trabalhos nas redes sociais e vão parar nas prateleiras dos livros. Existe diferença na produção digital e impressa?
A poesia ocupando espaços e ganhando as telas. O cordel, o sotaque e a conexão com histórias reais. Os poetas na novela. Entre rimas e canções, os repentistas Lukete e Juze, que estão fazendo grande sucesso na novela “Mar do Sertão” conversam sobre esses espaços conquistados pela poesia.
A força dos versos na liberdade, nos temas sociais, na conquista de lugar de fala, de tom e da poesia. Os livros que retratam não somente a cultura, mas um grito de resistência.
Eles estão revolucionando a forma de se interessar por leitura. No TikTok, esse público conta as histórias de livros em primeira pessoa, como se tivesse vivido a trama, de um jeito curioso e instigante. Claro, sem revelar o desfecho, para gerar mais interesse.
A mesa de abertura desta edição é um reencontro do Brasil com a sua gente. Com o seu povo. Com a sua cultura. Com a sua arte. Um Brasil plural, complexo, gigante. Mas também repleto de problemas sociais. Por onde essa liberdade que tantos falam? Para esse e outros questionamentos, um bate papo entre MV Bill, Auritha Tabajara e Cidinha da Silva.
Três escritas potentes na arte e na literatura debatem sobre o papel da produção literária feminina que vai além dos clichês. Lívia Natália, Calila das Mercês e Luciany Aparecida vão falar sobre as suas vivências e experiências com a escrita e do fomento das palavras enquanto transformação.
O Brasil atual, o Brasil dividido, o Brasil dos debates e a história acontecendo diante dos nossos olhos. Esse é o tema central do bate papo entre o jornalista Guilherme Amado, que escreveu o livro “Sem Máscara – O governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” e Mário Magalhães, autor do livro “Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo”. Para mediar a conversa, a jornalista Malu Fontes.
Lutador pela independência de Cuba e unificação da América Latina, no ideal chamado de Pátria Grande, José Martí é reverenciado por militantes e movimentos populares. No bate papo com o poeta cubano Yamil Diaz Gomez, uma conversa sobre a América Latina dentro das nossas perspectivas política e social.
A cidade, a terra, o território, sua gente, suas pedras, seus prédios, a sua água e seus desertos como ideia, motivação, epifania, ímpeto para escrever sobre um tema. O lugar como referência para contar histórias. As vivências e experiências de escritores com a sua terra. Com o enredo da sua criatividade.
Para falar de presente, um passeio profundo pelo passado. O Brasil que tem muita história para contar e muitos fatos para compreender. Um entendimento que é atemporal na sua própria existência. Histórias que são fundamentais para pensar em Brasis do futuro.
A poética moçambicana Pós-Independência. O autor africano. A diversidade e suas relações com a identidade nacional. O confronto permanente entre a colonialidade e decolonialidade em tempos cada vez mais mundializados.
O apagamento digital de nomes e personalidades. A humanidade por trás das telas de celular. A pessoa que produz o conteúdo, que ganha fama e status e, de repente, é jogada aos leões do cancelamento. É possível deixar de existir? Quem são os julgadores? Eles também existem?
Os Brasis da ancestralidade. Do passado tão recente que ainda carrega suas dores e suas marcas. Em seus territórios e linguagens, brasis que vem, aos poucos, ganhando espaço e se reencontrando com o seu próprio povo.
Brasis de referências. De tantos e de tantas que fizeram e fazem da luta uma missão de vida. E que se reconstroem na poesia, na arte, na literatura. O respeito à diversidade brasileira passa por criar referências múltiplas da nossa história. O passado explica o nosso país tão injusto, mas também nos ajuda a entender as nossas fontes de resistência e de coragem para seguir construindo novos caminhos.
Uma conversa sobre liberdade, sobre literatura e sobre esses brasis que estão presentes em todos os lugares. Sobre os versos femininos. Plurais e diversos.
“O Brasil com heranças etnicas e que ecoa por todos os lugares, falas e vem ocupando cada vez mais espaço. A diversidade de leituras de mundo deve ser vista como uma riqueza de um País. Para isso, a ancestralidade que os povos indígenas respeitam e preservam é a luz que pode nos levar a um futuro em que haja garantia de encontrarmos lá, ainda, a nossa mais profunda humanidade.”
TODOS OS DIAS
TOCANDO O MISTÉRIO COM AS PONTAS DOS DEDOS
Uma exposição de rituais de criação de livros por escritoras independentes no interior da Bahia, com oficina sobre confecção e produção de livros artesanais.
14:30
João Vanderlei (Portuário editora) e Ivan de Almeida (Cogito editora)
A importância do autor independente para o mercado editorial, negócio ou investimento?
MEDIADOR: Jorge Carrano
+ Número musical: Fábio Haendel
+ Número musical: Fábio Haende
+ NÚMERO MUSICAL (ENCERRAMENTO): ESMOLA ENCANTADA – 11:30