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Hansen: O Sol Expressionista

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O implícito potencia poético do titulo sol expressionista identifica um ciclo de obras de Hansen Bahia (1915-1978) que comunga a sensibilidade afetiva deste artista com veemência da subjetividade psicológica da linguagem expressionista. O “sol” aqui referido, todavia, é parte do interior do artista.

Vinculada à tradição alemã, a imagem expressionista é simplificada, deformada; a linha é intensamente emocional; a cor, viva e estridente (como a irradiação solar). Por esses recursos se afastarem das descrições das coisas e da natureza (do bucólico dos trópicos, inclusive), se distanciam de fornecer certezas visuais, abrindo espaço ao comentário poético não naturalista. Assim, ao afastar-se da aparência das coisas do mundo físico (da Objetividade naturalista), o artista privilegia a subjetividade.

A obra de Hansen é o testemunho de quem venceu a mesquinhez humana das adversidades e horrores da II Guerra Mundial e soube conduzir sua vida à luz e à poesia, mediante a produção de arte. Ele celebra a esperança e a não violência, como exemplificam os roteiros de filmes antibélicos e a publicação e ilustração de livros infantis. Nessa ambiência, elege a xilogravura como meio plástico preferencial, sendo que a luz – recurso plástico fundamental e que tem na cor sua expressão de maior dimensão e sensualidade-, é utilizada nas suas gravuras para comunicar tantos valores transcendentais (míticos e religiosos), quanto coloquiais (mundanos).

Hansen: o sol expressionista constata, sobretudo, como se configuram as ambiências místicas e a relação do homem com a natureza como observa nas series Criação do sol e Etiópia, onde animais protagonizam papéis relevantes no sistema de crenças e ambiência humana, inclusive com evocações e hibridismo de figuras místicas ocidentais (centauros, sereias) com o animalismo africano, assim como a concepção de paisagens evocativas de fantasia e sentimentos, observa em duas xilogravuras de Etiópia.

Outras peças enforcam a intimidade e sensualidade feminina, como Amigas no banho de Duas irmãs, em contraposição à luz seca do ambiente e do cenário humano degradado das gravuras da série Flor de São Miguel, ou à ironia das picantes pin-ups da série Misses.

O sol pode ser entendido como fonte de luz, calor e vida; simbolicamente aponta a direção de um caminho, e seus raios representam as influencias celestiais ou espirituais que a terra recebe. Orbitamos em torno de um sol expressionista que libera um brilho a nossa criatividade, colorindo e orientando nossos percursos.

Assim, de gravura em gravura irradia-se a presença da poesia e do amor do artista aos valores humanos, à vida, à luz e às cores, legado artístico que se sobrepõe ao cotidiano como um sol fulgurante que almeja a eternidade, superando o tempo e a morte.

Curadoria: Antonio Carlos Portela
Dilson Midlej

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